quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Fisiologismo, Olimpíadas e o PMDB

      Engraçada a preocupação do jornal O Globo de hoje (5/11/09) com a afirmação do Secretário Municipal de Esportes, Chiquinho da Mangueira, de que as Vilas Olímpicas municipais são administradas por pessoas indicadas por políticos de suas respectivas áreas. Essa prática tem sido comum nos governos do PMDB em todos os órgãos públicos. Os seus apaniguados, na grande maioria dos casos, não têm competência administrativa e acabam por piorar a qualidade do serviço público. 
      O fisiologismo generalizado pode ser encontrado nas  áreas da saúde, segurança, educação, fiscalização, enfim, em qualquer cargo comissionado. Por trás dessas indicações estão os políticos das áreas, deputados ou vereadores (conforme governo do estado ou prefeitura).
      Quando Sérgio Cabral assumiu o governo do estado do Rio de Janeiro, este mesmo Sr. Chiquinho da Mangueira, deputado à época, assumiu, junto à Secretaria de Educação, o controle político das nomeações de diretores e do Coordenador da Metropolitana X. Muitas exonerações de  diretores eleitos pela comunidade e da Coordenadora.
      Posteriormente, com a eleição de Eduardo Paz para Prefeito, o Sr. Chiquinho da Mangueira foi convidado para a Secretaria de Esportes. Com isso, passou o controle da Metropolitana X para outro político que, imediatamente, exonerou a equipe da Coordenadoria e alguns diretores de escola. Não é de admirar que a educação no Rio de Janeiro esteja cada vez pior.
      Essa prática é comum e a imprensa sabe, mas por se tratar das Olimpíadas a notícia passa a ser importante. Inúmeras reportagens são feitas sobre educação, mas em nenhuma tratou-se desse assunto. Na maioria das vezes a culpa reacai sobre a falta de investimentos e o trabalho do docente, não sem os elogios à entrega de notebooks para professores e alunos ou aparelhos de ar condicionado para as escolas.  
      De tudo isso, uma certeza, precisamos fiscalizar mais o emprego das verbas públicas e o fisiologismo corrente, não só em função de Olimpíadas ou Copa do Mundo, mas no cotidiano. Somente procedendo assim poderemos ter os serviços com a qualidade que a população merece.

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